O juízo de Conhecimento e o Juízo de Gosto
Kant pretendia deslocar o centro de existência da Beleza do objeto para o sujeito.
Tentava demonstrar que os problemas estéticos eram insolúveis. As impossibilidades de resolver esses, adviria da diferença radical existente entre os juízos estéticos, (ou juízos de gosto), e os juízos de conhecimento.
De acordo com ele, os juízos de conhecimento emitem conceitos que possuem validez geral, por se basearem e propriedades do objeto.
Já os juízos estéticos não emitem conceitos: decorrem de uma simples reação pessoal do contemplador diante do objeto, e não de propriedades deste.
O Juízo estético e o Juízo sobre o Agradável
O juízo de gosto é totalmente subjetivo e o juízo de conhecimento fornece conceitos de validade geral. Alem destes, Kant distingue ainda o juízo estético do juízo do agradável, que é baseado na pura sensação subjetiva.
Primeiro Paradoxo Kantiano sobre a Beleza
O juízo estético é ambíguo. Como o juízo sobre o agradável, ele também se baseia numa simples sensação de prazer que o sujeito experimenta diante do objeto; mas difere pois a pessoa que contempla não se conforma de que algo seja belo somente para ela.
Quanto ao juízo do conhecimento ele se assemelha pois exigimos para ele validade geral e se difere pois o juízo estético não se baseia em conceitos, e sim numa sensação.
Juízo de conhecimento – conceito, validez geral
Juízo sobre o agradável – sensação, reação puramente pessoal do sujeito, ausência, de validade geral.
Juízo estético – sensação agradável do sujeito, ausência de conceito, mas exigência de validez universal
O juízo estético não exprime nenhum conceito fornecido pelas propriedades do objeto, mas uma sensação que foi agradável ao sujeito.
Para Kant, a Beleza, “a satisfação determinada pelo juízo de gosto”, é “aquilo que agrada universalmente sem conceito”
Segundo Paradoxo Kantiano sobre a Beleza
Segundo Paradoxo Kantiano sobre a Beleza
É uma necessidade subjetiva, mas que parece objetiva. Quando o sujeito emite um juízo estético, não esta exprimindo um conceito decorrente das propriedades do objeto, mas apenas uma sensação de prazer. No entanto, o sujeito exige a validez universal. O sujeito vai procurar questões objetivas para justificar as características que encontrou.
Terceiro Paradoxo Kantiano sobre a Beleza
A relação entre interesse (agradável) e desinteresse (estético).
O sentimento da Beleza é uma sentimento contemplativo, “é um prazer desprovido de interesse”.
Quando experimentamos algo, ou julgamos, estamos no campo do agradável, querendo valorizar ou desvalorizar. Só podemos ter uma experiência estética plena se não tivermos um conhecimento daquilo previamente.
Quarto Paradoxo Kantiano sobre a Beleza
Distingue o fim da finalidade. O fim está ligado ao objeto e à sua destinação útil (estamos no campo do agradável, não tem experiência estética); e a finalidade está ligada à forma e ao sentimento de prazer ou desprazer que desencadeia no sujeito.
Beleza Livre e Beleza Aderente
Kant chama a Beleza ligada as artes figurativas de aderente (porque ela adere ao conceito que fazemos das coisas representadas) e chama de livre a que se liga as artes abstratas, que representam formas puras. Para Kant a única Beleza esteticamente pura seria a concepção do prazer desinteressado, assim como a satisfação determinada pela Beleza livre.
Sem comentários:
Enviar um comentário